Erva daninha pode prejudicar produtividade agrícola
24/06/2020Controle de pragas no inverno
14/07/2020A tiririca é a mais agressiva da família das Cyperaceae. Encontrada em 92 países, é uma das 10 plantas daninhas mais agressivas do mundo. Tolerante a temperaturas elevadas, secas, enchentes e diferentes condições de solo, está presente em praticamente todo o território nacional.
Entre as diversas espécies do gênero Cyperus, a tiririca é a de maior impacto nas culturas de arroz, algodão, milho, feijão, cana-de-açúcar e hortaliças. Também é encontrada facilmente em cultivos de soja, café e frutas, pastagens e até parques e jardins. Além de competir por água, luz e nutrientes, inibe a germinação e brotação de outras espécies através da produção de toxinas (efeito alelopático) e é hospedeira de fungos e nematoides.
A tiririca é uma planta perene com porte entre 10 e 60 cm, ramificações subterrâneas em diferentes níveis de profundidade, com crescimento e brotação irregulares. A espécie se reproduz principalmente através de seus tubérculos e bulbos subterrâneos, e também por sementes.
As plantas daninhas do tipo ciperácea, tem grande capacidade de multiplicação. Em condições ambientais favoráveis, um novo caule emerge a partir de um tubérculo entre 7 e 14 dias do após o plantio. A formação de novos tubérculos se inicia depois de 4 a 6 semanas. Mais de 80% dos tubérculos ocorrem nos 15 cm superficiais do solo. Uma infestação de tiririca pode causar grandes prejuízos.
O controle químico é considerado o método mais eficaz de eliminação da tiririca, com o uso de herbicidas pré e pós emergentes para exterminar os tubérculos e impedir a formação de novos bulbos na fase jovem da planta. Revolver o solo durante a época de seca é uma boa prática: os tubérculos se tornam inviáveis se dessecados nessa época. Usar sementes e mudas certificadas e não contaminadas e realizar uma boa limpeza dos implementos são medidas que ajudam a prevenir a disseminação da planta daninha.