Por que mosquitos picam mais algumas pessoas do que outras?

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Quando pensamos em animais “mortais, é comum lembrarmos de espécies grandes e fortes. Mas você sabia que, na verdade, os mosquitos são os responsáveis pelo maior número de mortes de pessoas no mundo? Sim, esse pequeno inseto é 180 vezes mais letal do que cobras, hipopótamos e tubarões, segundo o levantamento da Fundação Bill e Melinda Gates. Em números, os mosquitos são capazes de matar até cerca de 725 mil pessoas por ano no planeta. Isso acontece porque eles são transmissores de diversos tipos de doenças.

Vale lembrar que esses insetos são apenas vetores das enfermidades. Ou seja, eles precisam picar um hospedeiro que carrega o vírus, larva ou protozoário para se infectarem e, só depois, transmitirem para os seres humanos.

Você sabia que somente a fêmea pica?

Os mosquitos, machos e fêmeas, poderiam viver sem picar outros animais. Mas as fêmeas precisam do sangue para completar seu ciclo reprodutivo.

Elas precisam dele porque nele há nutrientes importantes para a produção de seus ovos. Três ou quatro dias depois de se alimentar com sangue, eles já estão prontos para serem depositados.

Esse processo de alimentação e postura de ovos é chamado de ciclo gonotrófico, e uma fêmea adulta de Aedes aegypti pode ter mais de 3 ciclos ao longo da sua vida, colocando uma média de 100 ovos em cada um deles.

Por que eles picam mais algumas pessoas?

Existem sinais físico-químicos que condicionam a atração do mosquito por pessoas determinadas, particularmente o calor, o vapor d’água, a umidade, os sinais visuais e, o mais importante, os odores exalados pela pele.

Ainda não se sabe ao certo quais aromas atraem mais os mosquitos, mas diversos estudos indicam moléculas como indol, nonanol, octenol e ácido láctico como principais suspeitos.

Uma pesquisa recente indicou que os vírus da dengue e da zika alteram o odor de ratos e seres humanos infectados, para torná-los mais atraentes para os mosquitos. É uma estratégia interessante, pois contribui para que os insetos piquem o hospedeiro, retirem seu sangue infectado e transportem o vírus para outro indivíduo.

Normalmente, a pele dos seres humanos e roedores produz um peptídeo antimicrobiano que limita as populações bacterianas. Mas comprovou-se que, em ratos infectados com dengue ou zika, a concentração desse peptídeo é reduzida, e proliferam-se bactérias do gênero Bacillus, que ativam a produção de acetofenona.

Nos seres humanos, ocorre um fato similar: odores coletados das axilas de pacientes com dengue continham mais acetofenona que os de pessoas saudáveis.

Fonte: www.bioseta.com.br

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